"Caminhando contra o vento sem lenço sem documento no sol de quase dezembro eu vou..."S
Trecho da música Alegria alegria, de Caetano Velozo.
Exprimido em uma ditadura cruel da década de 1960 o Brasil viu surgir nesse período um movimento que não aceitava tantas restrições ao modo de viver, surgia ai o TROPICALISMO. Para eles era “proibido proibir” e toda aquela repressão deveria ser claramente manifestada. É bom lembrar que como qualquer ditadura o direito de se expressar deixa de ser um direito. Mas mesmo assim, com toda a coibição do período ditatorial os artistas manifestaram-se, deram a cara a tapa e sofreram também as conseqüências.
Apesar de ter surgido no Rio de Janeiro, foi um movimento fortemente baiano, manifestado principalmente na área musical, mas também influenciou as artes plásticas, o cinema, teatro... Ganhou esse nome depois que Hélio Oiticica criou uma obra multi-sensorial, com o objetivo de mostrar a identidade brasileira, a qual deu o nome de TROPICÁLIA.
O movimento teve herança antropofágica (digerir a cultura exportada pelas potências culturais e regurgitá-la após a mesma ser mesclada com a cultura popular e a identidade nacional), e concretista, buscando tratar as poesia das canções como elemento plástico, criando jogos lingüísticos e brincadeiras com as palavras.
Zombeteira, a Tropicália transformou os critérios de gosto vigentes, não só quanto à música e à política, mas também à moral e ao comportamento, ao corpo, ao sexo e moda. A contracultura hippie foi assimilada, com a adoção da moda dos cabelos longos encaracolados e das roupas escandalosamente coloridas. A cultura do País, porém, já estava marcada para sempre pela descoberta da modernidade e dos trópicos.
A MODA MINIMALISTA traz sofisticação, atitude e tecnologia para as passarelas. Os looks apresentam cortes limpos e retos além de uma cartela de cores bastante reduzida. Possui um rigor estético, não apresentando nada figurativo. Ícones:
André Courréges trouxe para a moda dos anos 60 praticidade e conforto. Seu estilo minimalista era resultado de uma paixão pela arquitetura e design, que apareciam nas linhas retas e na geometria de suas roupas.
Os traços limpos e engenhosos são caracteristicas da moda japonesa de Issey Myake.
"Quero usar o meu corpo como material e manipulá-lo".
Bruce Nauman
É no fim da década de 60 que o corpo passa a ser usado como suporte para a arte. A ideia de que a obra é o espaço permanece, dialogando com a arte conceitual. O espectador pode atuar de forma passiva e/ou como voyeur ou agente interativo. As obras são, sem duvida nenhuma, um convite para a reflexão.
A body art pode se comunicar com o público através de performances ou através de documentações, como vídeos ou fotos.
Alguns dos protagonistas da Body Art:
Vito Acconci
Trademark, 1970. O artista morde ele mesmo.
Carole SCHNEEMAN, Up to and Including her limits, 1976.
O movimento artístico NEOCONCRETISMO nasceu por volta de 1959 e durou ate meados de 1961, no Brasil. Surgiu na cidade do Rio de Janeiro diante das divergências existentes entre artistas/intelectuais do eixo cultural RJ e SP. Foi responsável em politizar a arte no país, já que via na arte um instrumentos de construção da sociedade.
Assim como o concretismo, foi uma arte NÃO figurativa, com linguagem geométrica, contra tendência irracionalista de qualquer espécie. Os neoconcretistas buscavam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero objeto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero geometrismo puro. Transformou a arte em uma ambiente experimentação, juntando espaço, espectador, obra, ciência...
PARANGOLÉS de Hélio Oiticica = são programas, visões de mundo, arte pública, coletiva, ambiental, participação do espectador que é o núcleo definidor neoconcretista.
As tribos dos anos 70 geralmente se reuniam por questões sociais, econômicas, políticas etc. No final dos anos 70, e muito popular nos anos 80, o Glam Rocker era um cara que usava cílios postiços, purpurinas, saltos altos, batons, lantejoulas, paetês e trajes elétricos para compor o visual roqueiro. Os roqueiros eram bem andrógenos.
O glamour das músicas agitadas do rock n’ roll esbanjavam energia sexual.Os temas mais abrangentes entre os jovens dessa tribo eram sobre heterossexuais, decadência e fama.
Cantor famoso: David Bowie
MODA CONTEMPORÂNEA INSPIRADA NOS ROCKERS
A marca Auslander, apresentou uma releitura da cultura inglesa e os rockers no Inverno 2009.
O conceito dos Rockers também serviu de inpiração para a coleção VERÃO 2008 de Alexandre Herchcovitch.
Composto de looks pesados e maquiagens super fortes no estilo da banda KISS.
Antes de mais nada, devo confessar que é meu movimento estético preferido. Apesar de achar muitas coisas super bizarras e exageradas. Mas vou fazer questão de colocar tudo de mais interessante da pesquisa.
O aviso vai para todos : QUEM TIVER ESTÔMAGO FRACO, PULE ESSA PARTE !!!
BODY MODIFICATION: Alteração do corpo por razões não-médicas por motivos relacionados á tribos, crenças, estética, religião, vontade, loucura, enfim... O ato de desfigurar ou mutilar o corpo confere uma transformação e uma “beleza” (para os que são adeptos á prática, claro) em algo não-natural. Mas, existem vários fatores que contribuem para a prática do BODY MODIFICATION. Veremos alguns deles:
Fatores Tribais e/ou culturais: Essas modificações são feitas por motivos religiosos e seguem rituais e tradições milenares.
A tribo birmanesa Kayan. Mais conhecida pelas Mulheres-Girafas, usam circulos de latão em volta do pescoço para alongá-los. Deus do céu, e alongam meeesmo!
Muito light, rs. Agora são as modificações corporais feitas por motivos estéticos. Scarnification:
Piercings e tattos:
Cat Woman
Rituais de suspensão:
Curiosidade: Os ganchos são escolhidos de acordo com a pele e o peso do praticante da suspensão. Tudo super profissional,gente. Essa suspesão pelas costas é chamada de SUICIDE ( porquê será?).
Hemelindo Fiaminghi - Circulos com movimento alternado
O concretismo surge na Europa no inicio da década de 1950 como um movimento que defendia a racionalidade. Conhecimento e a ciência, rejeitando assim a abstração da arte. Foi um movimento vanguardista que fez suas primeiras aparições nos poemas/músicas e depois no campo das artes plásticas.
Não tinha preocupação com o tema, à intenção era acabar com a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem. quadro, construído com elementos plásticos, não tem outro significado a não ser ele próprio. O movimento defende a racionalidade e rejeita o expressionismo, o acaso, a abstração lírica e aleatória.
As poesias concretas trazem novas formas de expressão: valorização da forma e da comunicação visual, sobrepondo ao conteúdo.
Como não era figurativo, o movimento acaba seguindo mais para o lado do geometrismo, criando uma semelhança com o minimalismo. No Brasil a concepção plástica da arte chega através do suíço Max Bill: artista, arquiteto, designer gráfico e de interiores. Foi ele o responsável por popularizar as concepções da linguagem plástica no Brasil com a Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956.
Hoje, a manifestação do concrestismo no Brasil, fica por conta de Arnaldo Antunes, que permeia pelo campo da literatura e das artes plásticas. Vale a pena conferir o site dele e olhar seu trabalho. http://www.arnaldoantunes.com.br
PONTO E VÍRGULA - 2008
Vejo Miro - 2002 Publicado inicialmente no livro PALAVRA DESORDEM, ed. Iluminuras (2002).
Zoomp - Concretismo estruturado e aerodinâmico garante toque contemporâneo à coleção
Quando a palavra NERD é pronunciada, logo nossa mente se adapta a uma imagem estereotipada de ratos de laboratório ou piolhos de biblioteca. Durante muitos anos essa era sim a única imagem que fazia referência a esse grupo com alta capacidade de inteligência, mas hoje isso mudou. E mudou muito!
A expressão “nerd” foi utilizada na década de 1950, em grandes centros de pesquisa. Era direcionada aos indivíduos que trabalhavam, passando noites em claro, em laboratórios. Mas foi na década de 1960 que a palavra difundiu-se de modo pejorativo. Era aplicada a pessoas com inteligência acima da média, com algum problema em se relacionar socialmente, e que não obedecia aos padrões estéticos da época. O tempo passou e o nerd foi ganhando espaço na sociedade.
Quando Bill Gates começou a fazer fortuna, nos anos 80, passar à tarde no computador era motivo de gozação. Hoje, é impossível viver longe de uma máquina dessas. Aí que entram os NERDS: são eles que vão nos conduzir à terra prometida da revolução tecnológica. Vão consertar o computador de casa, recomendar softwares e ensinar a usar todos os recursos do iPhone.
Ser NERD hoje é uma forma de vida cada vez mais comum graças ao crescente acesso à internet. São grupos de pessoas com uma grande DEDICAÇÃO, CURIOSIDADE, ENTUSIASMO em determinado assunto, enfim o nerd é um ESPECIALISTA naquilo que ele gosta, podendo ser filmes, séries, desenhos, games, brinquedos, mangás, hq’s, tecnologia em geral. Eles já não são os chamados anti-sociais, aquela figura impreterivelmente de óculos fundo de garrafa. Pelo contrário, o nerd está super em alta. O tema vem sendo abordado por vários estilistas já a algum tempo. Estampa xadrez, listrada, óculos, cintura alta, saia colegial... são algumas referências reeditadas na nova tendência.
Na 14º edição do Fashion Rio a marca Ausländer que estreava no evento mostrou um universo nerd, dedicado aos blogs na passarela, cheia de gravatas-borboletas, óculos redondos, suéteres e saias tipo colegial e outras referências à cultura nerd. Para completar, modelos entraram em cena com fones de ouvido e copos de refrigerante.
Grife Ausländer - Outono/Inverno
Outro estilista que vem se destacando com a temática nerd é o Vincent Schoepfer. Também na coleção outono/inverno 08/09 ele mostrou um nerd que agradaria qualquer mocinha.
Interatividade pode ser definida como caráter interativo, o que quer dizer: fenômenos que reagem uns com os outros; suporte de comunicação que favorece uma permuta com o público.
São esses processos de integração que você encontrará na exposição "Arte Cibernética". Uma conexão entre tecnologia e arte, possibilitando o espectador manifestar-se ( da sua maneira) diante das obras.
Vale a pena conferir e "fazer parte da arte" por um momento. Oito, das catorze obras do acervo de arte e tecnologia estão no Museu Inimá de Paula em Belo Horizonte, até o dia 13 de julho de 2009. Alguns dos artistas que assinam as obras são: Regina Silveira (Descendo a escada), Eder Santos (Memória Cristaleira).
Atire a primeira pedra (ou o primeiro bibelô) aquele que não tem um objeto KITSCH em casa. Você provavelmente terá, mesmo que no fundo do armário, uma lembrancinha de casamento, de uma viagem, de uma loja legal, uma blusa de oncinha, um bichinho de pelúcia... Sim, esses e muitos outros pertences enquadram-se na extensa lista dos objetos extravagantes.
Kitsch é uma estética essencialmente atemporal que transita entre DIVERSÃO e ARTIFICIALIDADE. Palavra de origem alemã que quer dizer “enganar”, portanto é uma negação do autentico.
Marcado pela ausência de estilo, sendo afinal uma copia e até uma mistura de todos os estilos. Despontou com o início do processo industrial, utilizando como principal aliado a REPRODUTIBILIDADE. Dessa forma aproximou-se a classe assalariada da arte. Hoje está presente em todas as classes sócias, agindo como elemento de nivelação social e histórico, consumido indiscriminadamente por todos.
Você vai encontrar alguns desses objetos em artigos populares de R$1,99 ou em lojas nem tão populares assim... A “Imaginarium” é um bom exemplo de loja Kitsch, com artigos caros, igualmente bizarros, extravagantes, alegóricos ao extremo. Claro, o Kitsch tem também essa caracteriza, ele sempre passa do ponto, é sempre algo MAIS.
1- Saleiro Pimenteiro Seu Toni e Dona Margarida = R$29,00
2- Relógio Cuco Preto = R$169,00
3- Fronha Carta de Amor = R$39,80
http://www.imaginarium.com.br/
Esses objetos possuem quase sempre caráter afetivo agregado, lembranças gostosas. Eles contam histórias, demonstram algum ponto da sua personalidade. São responsáveis por uma atitude única servindo não como suporte, mas como pretexto. Na moda, essa tal "atitude" é essencial. Possibilita que o estilista agregue personalidade, diversão, excesso, cores, temas do cotidiano, estampas variadas e muita imaginação.
No último Fashion Rio, a grife moda/praia SALINAS apresentou uma coleção inspirada nas "cores de Almodóvar". Pra quem não se familiarizou com o nome, ele é o mesmo sujeito que aparece na canção ESQUADROS, composta por Adriana Calcanhoto. " Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome. Cores de Almodóvar...". Pedro Almodóvar é um cineasta espanhol com estética totalmente Kitsch, ele usa e abusa das cores, da filmagem em primeiro plano deixando os objetos caracterizados. Foram esses elementos que apareceram na passarela da Salinas, por Jaccqueline de Biase... Mistura de cores, estampas gráficas, uso de corações, flechas, laços de tamanhos variados, babados. Uma passarela colorida, com elementos igualmente coloridos!
A marca Calvin Klein é super minimalista.
